ABRAÇANDO A REGRA DE OURO: TRATANDO OS OUTROS COM AMOR, RESPEITO E JUSTIÇA
Primeira Leitura: Gn 13,2,5-18
Salmo Responsorial: Sl. 14(15),2-5
Leitura do Evangelho: Mateus 7,6,12-14
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Nas profundezas de nossa experiência humana, existe uma verdade profunda que ressoa em todas as culturas, religiões e gerações. É um princípio atemporal que detém o poder de transformar nossos relacionamentos, nossas comunidades e até mesmo nosso mundo. É o mandamento simples, mas profundo, de “tratar os outros como queremos ser tratados”. Nestas poucas palavras, encontra-se uma mudança monumental de perspectiva – um convite para abraçar a empatia, a compaixão e uma compreensão profunda de nossa humanidade compartilhada. Por isso, nesta terça-feira da Décima Segunda Semana do Tempo Comum, continuamos nosso caminho de fé, buscando sabedoria e orientação na Palavra de Deus do dia, que enfatiza a importância de tratar o próximo com bondade, generosidade e respeito.
Partindo da leitura do Evangelho (Mateus 7,6,12-14), Jesus nos dá uma lição profunda que ecoa através dos tempos: “Portanto, tratem sempre os outros como gostariam que eles os tratassem; esse é o significado da Lei e dos Profetas”. Essas palavras servem como um princípio orientador para nossas interações e relacionamentos, encorajando-nos a abordar os outros com compaixão, empatia e bondade. Quando exploramos a história de Abraão e Ló na Primeira Leitura (Gênesis 13:2,5-18), testemunhamos uma bela ilustração desse princípio em ação. À medida que os bens de Abrão cresciam, ele se viu em uma situação em que ele e seu sobrinho Ló precisavam se separar. Em vez de afirmar seus próprios desejos ou afirmar seu direito de escolher primeiro, Abrão ofereceu a Ló abnegadamente a primeira escolha de terra. Nesse ato de generosidade e humildade, Abraão exemplificou a regra de ouro antes mesmo de ser falada. Ele tratou Ló como ele próprio gostaria de ser tratado. O que chama a atenção nesse encontro é que, apesar de aparentemente abrir mão de sua própria vantagem, Abraão foi abençoado abundantemente. Deus honrou sua abnegação assegurando-lhe que a terra seria dada a ele e a seus descendentes para sempre. Serve como um poderoso lembrete de que, quando escolhemos tratar os outros com respeito e consideração, sem buscar nossos próprios interesses em detrimento dos outros, as bênçãos podem fluir de maneiras inesperadas e notáveis.
Na mesma linha, o Salmo 14(15):2-5 reforça ainda mais a importância de uma vida justa e íntegra. Descreve as qualidades de uma pessoa que pode habitar na presença de Deus, enfatizando virtudes como honestidade, justiça e retidão moral. Essas qualidades se alinham harmoniosamente com o ensino de Jesus em Mateus, ressaltando a importância de tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. Quando incorporamos essas virtudes, criamos uma atmosfera de bondade e retidão ao nosso redor, atraindo bênçãos e promovendo conexões significativas com os outros.
Queridos amigos em Cristo, a conexão entre essas passagens revela uma verdade profunda: tratando os outros com amor, respeito e justiça, cultivamos um ambiente onde as bênçãos de Deus podem florescer. Não se trata apenas de ações externas, mas também de nutrir um coração genuíno de cuidado e empatia pelos outros. Ao abraçarmos a regra de ouro e seguirmos os ensinamentos de Cristo, nos tornamos instrumentos do amor divino, transformando o mundo ao nosso redor. Vamos, portanto, refletir sobre a sabedoria encontrada nessas escrituras e nos esforçar para viver de acordo com a regra de ouro em nossa vida diária. Que possamos ser inspirados pela abnegação de Abraão, que colocou o bem-estar dos outros antes de seus próprios desejos, e vamos incorporar as virtudes descritas no Salmo 14(15):2-5, e viver pela regra de ouro ensinada por Cristo. Ao fazer isso, contribuímos para um mundo cheio de compaixão, harmonia e bênçãos para todos.
Shalom!
© Pe. Chinaka Justin Mbaeri, OSJ
Paróquia Nossa Senhora de Loreto, Vila Medeiros, São Paulo.
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PS: Você já rezou o seu terço hoje?