NÓS TAMBÉM DEVEMOS ENTRAR EM TREINAMENTO RIGOROSO, COMO OS LUTADORES DOS JOGOS
Primeira leitura: 1 Coríntios 9: 16-19,22-27
Salmo responsorial: Salmo. 83 (84): 3-6,12
Leitura do Evangelho: Lucas 6, 39-42
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O treinamento forma o núcleo do aprendizado e fornece uma espinha dorsal para a produtividade e o sucesso, pois envolve o ensino ou o desenvolvimento de si mesmo ou de outros. Não admira que, para exercer uma profissão, exercer um ministério, empreender uma nova carreira, participar numa competição, jogo, esportes, etc., é indispensável um treinamento ou formação. Isso ajuda indivíduos e grupos a ganhar conhecimentos ou habilidades específicas para trabalhar de forma eficaz. Além do treinamento básico exigido para um comércio, ocupação ou profissão, o treinamento pode continuar além da competência inicial para manter e atualizar habilidades ao longo da vida profissional. Pessoas em algumas profissões e ocupações podem se referir a esse tipo de treinamento como desenvolvimento profissional. O treinamento também se refere ao desenvolvimento da aptidão física relacionada a uma competência específica, como esporte, artes marciais, aplicações militares e algumas outras ocupações, permitindo que o corpo gradualmente construa força e resistência, melhore os níveis de habilidade e crie motivação, ambição e confiança, disciplina e concentração, tornando o corpo mais resistente a lesões e doenças. Resumindo, a importância do treinamento nunca pode ser super enfatizado e, como resultado, sua importância se insinua nas leituras litúrgicas de hoje como um fenômeno indispensável a ser totalmente formado como o “Mestre” e alcançar uma recompensa incorruptível e eterna.
Refletindo a partir da primeira leitura, ouvimos São Paulo falar da “pregação do Evangelho” como uma de suas responsabilidades centrais: “… É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho!…” E no decorrer disso, ele fala sobre como se treina e se disciplina para viver os valores do evangelho e obter uma recompensa eterna, da mesma forma que os atletas e lutadores nos jogos fazem um treinamento rigoroso apenas para ganhar uma coroa corruptível. Aqui Paulo vê o aspecto de “treinamento” (disciplina corporal / mortificação) como um “exercício espiritual” indispensável por causa do papel de liderança que ele exerce como apóstolo, a fim de praticamente encorajar seus seguidores a treinarem da mesma forma, já que não faria sentido encorajá-los para “treinar” ou disciplinar-se se ele próprio não é disciplinado – “Pode um cego guiar outro cego?”
Da mesma forma, na leitura do evangelho de hoje, ouvimos Cristo falando sobre a relação discípulo – Mestre e o papel vital do treinamento: “Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre.” Em outras palavras, para um discípulo ser bem formado, ele deve passar por um período de “treinamento rígido”, onde ele deve aprender a se disciplinar, construir sua força espiritual e resistência para resistir às tentações, a fim de ser capaz de liderar outros a fazer o mesmo, pois “Pode um cego guiar outro cego?” Portanto, ao tentar disciplinar os outros, o próprio deve ser disciplinado; pois seria impróprio dizer a teu irmão: “Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho?” Cristo identifica isso como a hipocrisia. Embora Lucas registre que Jesus contou essa parábola aos seus discípulos, o evangelho de Mateus explica claramente que foi contra os fariseus que Jesus exclamou: “Não se preocupem com eles. São cegos guiando cegos. Ora, se um cego guia outro cego, os dois cairão num buraco.” (Mt 15,14). Foi para os fariseus, acima de tudo, que em várias ocasiões Jesus chamava hipócritas! E, eis que hoje essa terrível exclamação, “hipócritas”, se encontra num discurso dirigido aos seus discípulos e, portanto, também a nós: “Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão. “
Queridos amigos em Cristo, se fizermos uma avaliação sincera de consciência e nos deixarmos ser julgado pelo Evangelho, seremos obrigados a admitir, (e talvez descontentes), que somos todos hipócritas em um momento ou outro. Portanto, ao nos reunirmos em torno da mesa do Senhor hoje, oramos pela graça e força diárias para “treinar” continuamente não apenas os corpos, mas também nossas mentes e corações, o tipo de treinamento que continua além da competência inicial para manter e melhorar espiritualmente ao longo nossas vidas a fim de atingir essa maturidade espiritual como o Mestre e, acima de tudo, para ganhar a coroa incorruptível.
Shalom!
© Fr. Chinaka Justin Mbaeri, OSJ
Paroquia Nossa Senhora de Fatima, Vila Sabrina, São Paulo, Brazil
nozickcjoe@gmail.com / fadacjay@gmail.com
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I’ve written today’s own in English Language already. This is just the Portuguese version for my Brazilian audience…
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Shalom!