1ª Leitura – At 1,1-11
Salmo – Sl 46,2-3.6-7.8-9 (R.6)
2ª Leitura – Ef 1,17-23
Evangelho – Mateus 28,16-20
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A Parte do Credo que professamos todos os domingos e outros dias de solenidades: “Subiu ao céu”. Isto é que hoje celebramos. Poderíamos nos perguntar se a Igreja Católica dá mais atenção a um ato feito por Jesus (ascensão), uma vez que ele venceu a morte pela ressurreição?
A ascensão de Cristo faz referência a ponto culminante do plano divino de Deus de seu retorno a seu Pai, assim revelando sua “missão cumprida.” É um ponto culminante, que não significa a conclusão, mas um novo começo, um ato que traz esperança para a humanidade da realização da proximidade definitiva com Deus. Ou podemos dizer parafraseando o teólogo Jurgem Moltmann, a fé cristã é dada pela esperança de vida nova declarada pela Ressurreição de Jesus.
A ascensão traz uma visão paradoxal: Cristo subir para o Pai ao mesmo tempo em que permanece conosco até o fim dos tempos. O que hoje celebramos é a exaltação de Jesus e o fim da sua existência terrena, como um prelúdio para o dom do Espírito que garante sua permanência na História, como é expressada por ele mesmo: “Estarei sempre convosco; Sim, até o fim dos tempos” (Mt. 28:20)
As leituras de hoje dão mais significado a esta festa. Na primeira leitura (Atos 1, 1-11), Lucas dá conta do evento da Ascensão como registrado no primeiro capítulo dos Atos dos Apóstolos. Em primeiro lugar, Jesus instruiu os seus apóstolos a permanecer em Jerusalém e esperar por o batismo pelo Espírito Santo, para que eles possam se tornar suas “testemunhas até os confins da terra” pelo poder do Espírito Santo. Então uma nuvem levou Jesus a partir da visão dos discípulos e dois mensageiros celestes em vestes brancas deu-lhes a certeza da volta de Jesus na glória. Em consonância, a resposta do Salmo: “Deus sobe com gritos de alegria: ele sobe com explosão trombetas” (cf.Salmo 47).
Isto celebra a realeza universal de Deus. O Salmo foi originalmente cantado em conexão com uma procissão de culto honrar a Arca da Aliança. Por sua Ascensão, o Senhor ressuscitado (a Nova Aliança) da mesma maneira “monta seu trono” em glória. A mensagem continua na segunda leitura de uma forma mais dinâmica. A partir da segunda leitura (Ef 1,17-23; alternativo Hebreus 9,24-28; 10, 19-23): Em Efésios, Paulo explica o significado teológico da exaltação de Jesus, dizendo: “Que Deus ilumine os olhos do nosso corações para que saibamos a grande esperança para a qual fomos chamados.” A nossa grande esperança é que um dia nós também seremos ascendentes à glória celeste, desde que, com a sua graça, vivemos a nossa fé n’Ele através da missão de serviço amoroso Ele nos confia.
A Ascensão é mais estreitamente relacionada, no significado, para o Natal. Em Jesus, o humano e o divino se uniram na pessoa e na vida de um homem (união hipostática); Na Ascensão, esse ser humano (o corpo ressuscitado de Jesus) tornou-se por toda a eternidade uma parte de quem é Deus. Não foi o espírito de Jesus ou a natureza divina de Jesus que subiu ao Pai. Mas a Pessoa de Jesus, que inclui sua historicidade terrena, a natureza humana e sua divindade. É a Pessoa de Jesus que nos possibilita a proximidade estrita com Deus. A proximidade de sua natureza humana, nos ajuda a vislubrar a proximidade de nossa humanidade à Deus.
Enquanto não chega nosso momento, assumimos a responsabilidade do anúncio do Evangelho. Nós precisamos ser anunciadores e evangelizadores: No Evangelho de hoje, Jesus dá a sua missão a todos os crentes. Esta missão não é dada a um grupo seleto, mas a todos os crentes. Ser cristão é ser um proclamador e evangelizador. Há uma diferença entre a pregação e proclamação. Pregamos com palavras, mas proclamamos com nossas vidas. O Tempo de espera entre a Ascensão de Jesus e a nossa devemos nos dedicar a anunciar o Evangelho da vida e do amor, da esperança e da paz, com o testemunho da nossa vida neste dia de esperança, encorajamento e comissionamento, renovamos nosso compromisso de ser verdadeiros discípulos em todos os lugares.
Alguns dias a partir de agora, vamos comemorar a descida do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos, sobre a igreja, as nossas famílias, e sobre a cada um(a) de nós. Pelo Espírito Santo, tornamo-nos animadas, e nossas ações tornam-se animados de uma nova maneira, tornando-nos “Cristos” no mundo.
Pedimos o Espírito Santo para iluminar continuamente nossas mentes e corações para que saibamos a grande esperança a qual fomos chamados e vivemos a mensagem da ascensão.
Shalom!
© Fr. Chinaka Justin Mbaeri, OSJ
Paroquia Nossa Senhora de Fatima, Vila Sabrina, São Paulo, Brazil
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