SÃO LUÍS GONZAGA E O PODER TRANSFORMADOR DA DOAÇÃO ABENÇOADA
Primeira Leitura: 2 Coríntios 9,6-11
Salmo Responsorial: Sl. 111(112),1-4,9
Leitura do Evangelho: Mateus 6,1-6,16-18
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Na vasta tapeçaria da existência humana, existem indivíduos cujas vidas iluminam a própria essência da doação altruísta. Eles se tornam faróis de luz, guiando-nos para uma compreensão mais profunda da compaixão, da generosidade e do poder transformador que reside nessas virtudes. Uma dessas almas extraordinárias foi São LuísGonzaga, um jovem jesuíta cuja notável jornada do privilégio ao serviço altruísta continua a nos inspirar e desafiar hoje. Sua vida nos inspira muito, iluminando o poder transformador que reside nos atos de generosidade. Seu compromisso inabalável de servir os doentes e os pobres continua a ressoar através dos séculos. Ao explorar o poder transformador da doação altruísta através das lentes da vida de São Luís, somos convidados a refletir sobre nossa própria capacidade de criar mudanças significativas e encontrar a verdadeira realização em atos de compaixão e generosidade em relação ao significado de dar e o poder transformador que possui em nossas vidas, como as leituras de hoje nos apresentam.
Na primeira leitura, da Segunda Carta aos Coríntios, encontramos uma mensagem que ressoa através dos tempos. Recorda-nos que a nossa generosidade não deve nascer da obrigação, mas de um coração cheio de alegria. “Quem semeia pouco, pouco também colherá, e quem semeia em abundância, em abundância também colherá.” Este versículo fala da noção de que a medida de nossa doação está diretamente ligada à abundância que recebemos. Isso nos encoraja a adotar uma mentalidade de abundância e reconhecer que nossos atos de doação têm consequências de longo alcance, não apenas para aqueles que ajudamos, mas também para nosso próprio crescimento espiritual. Da mesma forma, o salmista [Salmo 111(112)] enriquece ainda mais nossa compreensão do tema. Ele louva aqueles que temem ao Senhor, reconhecendo que são abençoados e que sua justiça dura para sempre. Ele descreve os justos como compassivos e generosos, lembrando-nos que a verdadeira realização e recompensa residem na devoção altruísta e caridosa aos outros. Além disso, por meio de seus atos de caridade, o justo toca vidas, trazendo luz às trevas e esperança ao desespero. Eles encontram consolo em saber que suas ações não são em vão e que seu legado viverá, um testemunho duradouro do poder de doação.
Voltando nossa atenção para a leitura do Evangelho do Livro de Mateus (6,1-6,16-18), encontramos Jesus ensinando seus discípulos sobre a natureza transformadora da doação, particularmente na forma de oração, jejum e esmola. Em outras palavras, a passagem enfatiza o poder transformador da generosidade genuína, destacando a importância de alinhar nossas intenções com os valores de abnegação e compaixão. Jesus encoraja seus seguidores a doar, jejuar e orar em segredo, longe dos olhos do público, onde o motivo não é obter reconhecimento, mas conectar-se autenticamente com Deus e servir aos outros. Ao enfatizar a natureza privada da generosidade, Jesus nos convida a examinar nossas intenções e motivações por trás de nossos atos de doação. Desafia-nos a cultivar um espírito de altruísmo e desapego dos elogios mundanos, redirecionando nosso foco para as necessidades dos outros e a conexão divina que vem do serviço genuíno. A passagem enfatiza a noção de que a verdadeira generosidade não é apenas sobre o ato externo, mas também sobre a pureza do coração de onde se origina. Incentiva-nos a cultivar um desejo genuíno de elevar e apoiar os outros, sem buscar ganho ou aclamação pessoal. Assim, somos chamados a refletir sobre o potencial transformador da generosidade em nossas vidas. Ela nos desafia a examinar nossos motivos e nos encoraja a abordar atos de doação com humildade, autenticidade e um desejo sincero de causar um impacto positivo. Por meio da generosidade genuína, podemos estabelecer conexões mais profundas com os outros, experimentar crescimento pessoal e nos alinhar com os valores divinos de amor e compaixão.
Queridos amigos em Cristo, para dar vida a estas leituras, podemos nos voltar para o exemplo de São Luís Gonzaga, um jovem jesuíta conhecido por sua incrível generosidade e abnegação. Apesar de sua educação nobre, São Luís escolheu renunciar a sua riqueza mundana e dedicar-se a servir os doentes e os pobres. Ele viu o rosto de Cristo em cada pessoa que encontrou, e sua vida se tornou um testemunho do poder transformador da doação. São Luís abraçou uma vida de simplicidade e compaixão, entendendo que a verdadeira realização está em se doar sem esperar recompensa. Seu exemplo nos desafia a examinar nossa própria vida e refletir sobre como podemos imitar seu espírito de abnegação. Nestas leituras e na vida de São Luís Gonzaga encontramos um profundo convite a abraçar uma vida de doação. Eles nos lembram que a verdadeira riqueza não está nas posses materiais, mas na riqueza de nossos relacionamentos, na profundidade de nossa compaixão e na generosidade de nossos corações. Que possamos semear abundantemente, guiados pela alegria e um desejo genuíno de fazer uma diferença positiva na vida dos outros. Ao fazer isso, honramos a centelha divina dentro de nós e deixamos uma marca indelével na tapeçaria da humanidade.
Shalom!
© Pe. Chinaka Justin Mbaeri, OSJ
Paróquia Nossa Senhora de Loreto, Vila Medeiros, São Paulo.
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PS: Você já rezou o seu terço hoje?