O SIGNIFICADO DA FÉ E DA CRENÇA NO PODER DE DEUS
Primeira Leitura: Gênesis 22,1-19
Salmo Responsorial: Sl. 114(116),1-6,8-9
Leitura do Evangelho: Mateus 9,1-8
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Nas profundezas do espírito humano reside um anseio inato por algo maior do que nós mesmos, uma sede insaciável de significado e propósito que transcende os limites de nossa existência. É dentro desse anseio sagrado que a fé e a crença encontram sua morada, oferecendo-nos um vislumbre do extraordinário poder de Deus. Como uma chama bruxuleante na escuridão, a fé ilumina nossas almas e inflama nossos corações com uma verdade retumbante: que não estamos sozinhos, mas intimamente conectados a uma presença divina que mantém o universo em suas mãos. Como tal, apresentada com as leituras de hoje, a Igreja nos convida a embarcar em uma jornada transformadora, revelando o significado da fé e da crença no poder de Deus. Em outras palavras, a mensagem de hoje sobre o significado da fé e da crença no poder de Deus ecoa pelos corredores do tempo, convidando-nos a contemplar a qualidade de nossa fé e obediência e a encontrar o amor e a misericórdia sem limites que nos esperam em nosso relacionamento com Deus.
Ao mergulharmos na Primeira Leitura do livro de Gênesis (22,1-19), somos envolvidos pela fé inabalável e crença de Abraão no poder de Deus. Nesse relato, testemunhamos um teste monumental que estenderia os limites da fé de Abraão até o limite. É neste cadinho que a profundidade da confiança de Abraão e sua devoção inabalável a Deus é revelada, deixando-nos maravilhados e admirados. Deus ordena a Abraão que ofereça seu amado filho, Isaque, como sacrifício — uma exigência que parece inimaginável, inconcebível para a mente humana. No entanto, a resposta de Abraão é de obediência e fé inabalável. Sem hesitar, levanta-se de manhã cedo e põe-se a caminho do monte Moriá, levando consigo Isaque, a lenha para a oferta e o coração cheio de confiança na providência de Deus. E, de fato, Deus providenciou um substituto para o sacrifício.
E agora, quando voltamos o olhar para a leitura do Evangelho de Mateus (9,1-8), uma cena notável se desenrola diante de nós. Assistimos à chegada de um paralítico, carregado pelos seus amigos, aos pés de Jesus. Em sua fé e crença inabaláveis, eles abrem o telhado de uma casa e colocam o paralítico na presença de Cristo. O que acontece a seguir é uma exibição de tirar o fôlego da interação entre a fé e o poder transformador de Deus. Jesus, reconhecendo a crença deles, perdoa os pecados do homem e depois cura sua enfermidade física. O paralítico se levanta, liberto das algemas que o prendiam, com sua vida alterada para sempre pelo poder da fé.
Nesses encontros sagrados narrados nas duas leituras acima, somos chamados a embarcar em nossa própria jornada pessoal de fé e crença. É um convite a olhar além das limitações de nossa compreensão humana e a nos entregarmos a um poder maior que nós mesmos. A fé e a crença não são construções meramente intelectuais; eles são o batimento cardíaco pulsante de nossas vidas espirituais, a bússola que nos guia através dos mares tumultuosos da existência. No fundo de nossas almas, a fé acende uma chama que desafia a escuridão. Dá-nos coragem para enfrentar as nossas dúvidas, resistência para suportar as provações da vida e audácia para sonhar com uma realidade repleta de possibilidades divinas. A fé nos permite dançar em meio às incertezas da vida, abraçar o desconhecido de braços abertos, sabendo que estamos nas mãos de um Deus que molda destinos e orquestra milagres.
Queridos amigos em Cristo, em meio às tempestades da vida, quando a dúvida se insinua e a escuridão ameaça nos envolver, podemos nos agarrar firmemente à âncora da fé e nos aproximar do autor e consumador de nossa fé. Pois é nesses momentos de rendição, quando humildemente reconhecemos nossas limitações e abraçamos a vastidão do poder de Deus, que somos conduzidos a um reino de possibilidades ilimitadas; deixando-nos cheios de admiração e exclamando como o salmista “Eu amo o Senhor porque ele ouviu o clamor do meu apelo; pois ele voltou seus ouvidos para mim no dia em que o chamei”. Nesta declaração simples, mas profunda, somos lembrados de que nossa fé não é um conceito abstrato, mas uma conexão viva e vibrante com um Deus que ouve nossos clamores, ouve nossos apelos e responde às profundezas de nossos corações. É pela fé que entramos em um diálogo sagrado com o Divino, sabendo que nossas orações não caem em ouvidos surdos, mas são mantidas no abraço amoroso de um Deus onipotente e compassivo.
Ao refletirmos sobre o significado da fé e da crença no poder de Deus, lembremo-nos de que é por meio desses canais sagrados que os milagres nascem, as vidas são transformadas e os destinos são traçados. Que possamos alimentar a chama da fé dentro de nós, cuidando dela com devoção e confiança inabaláveis. Embarquemos neste caminho de fé, acendendo a chama dentro de nós; cultivemos uma crença profunda e duradoura no poder de Deus e nos entreguemos ao amor transformador que nos espera. Ao fazer isso, liberamos o potencial ilimitado que está adormecido dentro de nós e nos tornamos co-criadores na tapeçaria divina da vida.
Shalom!
© Pe. Chinaka Justin Mbaeri, OSJ
Paróquia Nossa Senhora de Loreto, Vila Medeiros, São Paulo, Brasil
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Já rezaste o teu terço hoje?