REFLEXÃO PARA QUARTA FEIRA DA QUARTA SEMANA DA PÁSCOA

Na leitura do evangelho (cf. Jo 12,44-50) desta manhã, Jesus fala daquele que lhe enviou. Frequentemente, no evangelho de João, Jesus falava de Deus como “Aquele que me enviou.” Sabemos que Deus enviou seu Filho por amor ao mundo. O envio de seu Filho por Deus foi um ato de generosidade da parte de Deus, envolvendo uma doação real, assim, o evangelsta, João, fala de Deus como o Pai amoroso que deu seu Filho ao mundo até a morte na cruz.

Da mesma forma, na primeira leitura desta manhã, a igreja de Antioquia enviou dois de seus membros mais talentosos para partes do Império Romano, onde Cristo ainda não havia sido pregado. O envio de Barnabé e Paulo pela igreja de Antioquia envolveu uma doação real da parte deles. Eles estavam sacrificando dois de seus bens mais valiosos pelo bem de outros cuja necessidade era maior.

Ao longo dos séculos, a igreja sempre enviou e deu alguns de seus membros mais talentosos para proclamar o evangelho longe de casa; foi a partir disso que o evangelho chegou a nossa terra. Essa é a natureza da igreja e deve ser a natureza de nossas vidas como cristãos. É preciso dar o mais precioso que temos para que outros possam se beneficiar de nossos recursos. Portanto, cada igreja local, cada paróquia, é chamada não apenas para servir a si mesma, mas para servir outras paróquias, outras igrejas locais, seja ao lado ou longe. Como Deus deu seu Filho para nós, somos chamados a dar um ao outro compartilhando nossos recursos mais preciosos, assim toda a terra conhecerá o caminho de Deus e a sua salvação por entre os povos, conforme dito o Salmista de hoje.