Sempre existe um zênite em todo discurso/argumento/discurso ou apresentação. Este é geralmente o ponto mais alto e o resumo de toda a discussão, revelando em termos claros a marca de todo o discurso. Essa cúpula criaria rejeição ou aceitação por parte do público, como resultado da clareza do argumento.
Na sequência do exposto, o sexto capítulo do Evangelho de João se abre com a alimentação da multidão por Jesus e, consequentemente, sua interação correspondente com eles – ensinando-lhes a doutrina da Eucaristia – o Pão da Vida, o Sacramento do seu Corpo e Sangue como superior ao pão material que satisfaz temporariamente a fome. No Evangelho de hoje (cf. Jo. 6: 52-59), Jesus chega ao zênite de seus ensinamentos, ao falar em termos claros: “…Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida.” Esta fala de Jesus levou os judeus a discutirem entre si. Os versículos subsequentes demonstrariam a aceitação ou rejeição dos ensinamentos de Jesus na parte dos Judeus.
Ao comer sua carne e beber seu sangue, Jesus nos chama a fortalecer nosso relacionamento com ele e entrar em plena comunhão com ele. Assim como Jesus está sempre em comunhão com seu Pai, também deseja que estejamos sempre em comunhão com ele, recebendo seu Corpo e Sangue. A Eucaristia é uma expressão muito especial da nossa comunhão com ele. Na Eucaristia, Cristo se revela a nós, e nós o reconhecemos ao partir do pão. Em outras palavras, nossa comunhão eucarística revela um encontro especial e pessoal com o Senhor ressuscitado. Como muitas vezes ele toma a iniciativa vindo ao nosso encontro, é precisa nossa abertura e aceitação dele. Da mesma forma, na Primeira Leitura de hoje (Atos 9:1-20), ouvimos do encontro de Cristo com Saulo a caminho de Damasco para perseguir os cristãos. O encontro de Cristo com Saulo levou à sua conversão e plena comunhão com ele; consequentemente, ele começou a pregar nas sinagogas: “Jesus é o Filho de Deus”. Mais tarde, Saul nos explicaria através de seus escritos, esse mistério da Eucaristia em sua primeira carta aos coríntios.
Queridos amigos em Cristo, a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo chegou a nós em termos claros. A cada refeição eucarística, comemos a carne e bebemos o sangue do Filho do Homem, a fim de conseguir a vide eterna, e como Saulo na Primeira Leitura, pregamos sobre ele com ousadia: “Jesus é o Filho de Deus”. Esta é a essência da Santa Missa: após a comunhão com Deus na mesa eucarística, somos ‘enviados’ no final da Missa para “Ir em paz e anunciar o Evangelho do Senhor”. A tarefa de anunciar as “Boas Novas”, como reiterado no Salmo Responsorial de hoje, é a de todos os batizados. Essa missão seria mais eficaz quando nos tornarmos ‘evangelhos vivos’ para o próximo ler e se aproximar de Cristo.
Ao celebrarmos hoje o Dia do Trabalhador, que São José, o trabalhador, seja continuamente nosso modelo para reconhecer a dignidade do trabalho humano como uma vocação a participar do trabalho criativo de Deus. Acima de tudo, que Deus nos conceda a graça de trabalhar incansavelmente como José, apresentando Cristo ao mundo através da Eucaristia que recebemos. Amém.
Shalom!
© Pe. Justin, Chinaka Mbaeri, OSJ
Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Vila Sabrina, São Paulo, Brasil
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